
O varejo farmacêutico reagiu positivamente ao cenário da pandemia de Covid-19 durante 2021 e, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), as vendas registraram um aumento de 17,39% no último ano.
Alguns fatores explicam esse panorama positivo para o setor, como a ampliação de serviços clínicos, aplicação de testes rápidos, vacinas e testes de glicemia e pressão arterial, por exemplo. Somado a isso, as vendas online conquistaram a preferência do consumidor e foram uma oportunidade para o segmento investir em tecnologias voltadas à digitalização do negócio. Além disso, algumas grandes redes se tornaram marketplaces para drogarias menores, aumentando as oportunidades para o setor.
Em 2020, durante os quatro primeiros meses da pandemia, o e-commerce de produtos farmacêuticos atingiu quase 8% de participação em todas as vendas desse segmento, segundo dados da Mastercard citados em relatório do banco BTG Pactual. Antes da pandemia, a média geral de participação online no varejo brasileiro era de cerca de 6%.
E é nesse novo contexto que farmácias e drogarias estão se transformando em lojas virtuais ou em marketplaces, As grandes redes estão revisando a jornada de seus clientes com integração entre os canais e, para facilitar esse gerenciamento, contam com soluções como o Carat, um ecossistema omnichannel que faz a integração de pagamento em loja, pagamento online, conciliação e solução de antifraude em uma única interface.
Se os marketplaces de farmácias cresceram até dez vezes na pandemia, isso significa que há um movimento de interação direta de laboratórios e marcas do setor de beleza que estão contando com essa nova tendência para oferecer seus produtos com uma nova intermediação. Mas como gerenciar esse novo cenário? Como administrar os repasses entre os sellers de um segmento que está passando por uma evolução às pressas, e de forma forçada, devido à pandemia?
Vale observar ainda a comercialização de medicamentos que exigem prescrição médica e como os gestores de e-commerce das grandes redes se adaptaram para integrarem as plataformas de prescrições digitais, emitidas pelas consultas de telemedicinas.
No universo presencial, o consumidor tem buscado uma mistura de farmácia combinada com loja de conveniência como opção para a compra de itens para o seu dia a dia. Sob o conceito das “drugstores americanas”, o cliente quer comprar pelo app, com um click, e receber na sua residência ou estacionar o carro em uma vaga pré-determinada e ter alguém que se dirija até ele com a sacola de pedidos em mãos.
Junto com a mudança cultural do cliente (ou paciente) veio ainda a mudança da legislação. A pandemia acabou sendo o vetor para a digitalização do setor, destravando as possibilidades e novas oportunidade como redes de farmácias com aplicativos próprios, a integração de descontos de laboratórios e de planos de saúde e os programas de incentivo. Tudo para conhecer mais e melhor o cliente e, cada vez mais, fazer uma oferta inteligente para suas dores. Com a pandemia, ficou evidente que a gestão do negócio precisa de ainda mais atenção e esses gestores precisam colocar seus esforços na nova dinâmica do mercado.